Deguste-se em toda a minha forma de ver, pensar e imaginar. São gostos e sabores de sentimentos. (F)

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Posted by Cintia Santana - - 0 comentários


Deixa eu te contar. Vamos nos lembrar.
Dias de Janeiro. Aquele quase emprego.
Os seguranças. Os olhares alheios.
O telefonema. O tempo. O medo.
O abraço. O beijo. O atraso.
O encontro. O desencontro. A despedida.
Deixamos. Histórias. Saudade.
'Em homenagem a toda distância e desejo'
Tudo merece um novo encontro.
Um dezembro até janeiro.
É, seria melhor assim... O ano inteiro.
Não desliga. Espera. Ainda podemos nos ver.
Sei, só são palavras. Mais é tudo que tenho pra te oferecer.
Leva contigo. Em pensamento. Em sonhos.
Até pode dizer. Eu não aguento. Espera.
O relógio nos dá passos. E frente a frente estaremos.
Novamente. Manda aquela mensagem ao desligar.
'Estarei sempre aqui a te esperar'.

  • Music: Hevo84 - Oxigênio

vou dizer que eu não quero mudar e mentir pra mim mesmo outra vez.



© 2009 - Cintia Santana
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Posted by Cintia Santana - - 0 comentários

O amor... é algo simples e ao mesmo tempo complicado, algo que não sabemos o que é, apenas sentimos, vivemos de amor. ele que nos faz sofrer e que nos faz feliz. ele que vive em mutação. Um dia eu te amo no outro não.
O amor, eu não conheço. Mais vido dele, o amor é simples eu que complico ele, você complica ele. Nós fazemos dele um nó. Um nó entre você e eu. Entre nós.
O amor não é algo pronto, feito... ele é algo que construímos, inventamos, amamos e choramos. Ele que não podemos ver, nem escolher. Apenas aparece, acontece, nos cega.
Lutamos por ele, tentamos ver, reinventamos, no fim... O quente e o frio, o sorriso e a dor, o sim e o não, o feio e o belo...
Tudo é amor.


A gente sofre por amar, mais sem amor não dá. :)


  • Music: Marcelo Camelo e Mallu Magalhães - Janta

eu posso esquecer de mim mesmo tentando ser todos os outros.



© 2009 - Cintia Santana
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Posted by Cintia Santana - - 0 comentários

















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Posted by Cintia Santana - - 0 comentários

'... "Isabella", ele pronunciou meu nome inteiro cuidadosamente, e então começou a brincar com o meu cabelo com a mão que estava livre. Como sempre, um choque correu no meu corpo quando ele me tocou. "Bella, eu não conseguiria viver comigo mesmo se eu te machucasse. Você não sabe como isso me torturou". Ele olhou pra baixo, envergonhado de novo. "O pensamento de você, rígida, branca, fria... nunca mais ver você ficar corada de novo, nunca mais ver esse flash de intuição que passa nos seus olhos quando você desvenda uma das minhas pretensões... isso seria insuportável". Ele levantou seus olhos gloriosos, agonizantes para os meus. "Você é a coisa mais importante pra mim agora. A coisa mais importante que eu já tive".
Minha cabeça estava rodando pela rapidez que a nossa conversa mudou de rumo. Do alegre tópico do meu falecimento impedido, nós de repente estávamos nos declarando. Ele esperou, e mesmo estando com a cabeça baixa, olhando para as nossas mãos, que estavam entre nós, eu sabia que seus olhos dourados estavam em mim. "Você já sabe como eu me sinto, é claro", eu disse finalmente. "Eu estou aqui... que, traduzindo, significa que eu preferiria morrer do que ficar longe de você". Eu fiz uma careta. "Eu sou uma idiota".
"Você é uma idiota", ele concordou sorrindo. Nossos olhos se encontraram e eu sorri também. Nós sorrimos juntos pela idiotice e impossível felicidade do momento.
"E então o leão se apaixona pelo cordeiro..." ele murmurou. Eu escondi meus olhos pra não mostrar o quanto eles haviam ficado felizes com a palavra.
"Que cordeiro idiota", eu suspirei.
"Que leão doente e masoquista", Ele olhou para a floresta cheia de sombras e eu fiquei imaginando onde seus pensamentos haviam o levado. ...'



| Livro: Crepúsculo - Stephenie Meyer |


  • Music: Paramore - Decode

estou gritando "eu te amo tanto" por minha conta meus pensamentos você não pode decodificar.



© 2009 - Cintia Santana
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Posted by Cintia Santana - - 0 comentários


Quando a sua voz me falou: vamos
Eu vi deus sentado em seu trono: vênus
A religião que nós dois inventamos
Merece um definitivo talvez... pelo menos

Perceba que o que me configura
É sempre essa beleza
Que jorra do seu jeito de olhar
Do seu jeito de dar amor
Me dar amor

Não te dei nada que seja impuro
No futuro também vai ser assim
Se hoje amanheceu um dia escuro
Foi porque capturei o sol pra mim

Perceba que o que te configura
É sempre essa beleza
Que jorra do meu jeito de olhar
Do meu jeito de dar amor
Te dar amor

Perceba que o que nos configura
É sempre essa beleza
Que jorra do nosso jeito de olhar
Nosso jeito de dar amor
Nos dar amor

Não falo do amor romântico,
Aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e submissão, paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo,
E pensam que o amor é alguma coisa
Que pode ser definida, explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro,
Antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.
O amor é um móbile.
Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta? O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores,
O amor será sempre o desconhecido,
A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação.
O amor quer ser interferido, quer ser violado,
Quer ser transformado a cada instante.

A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto,
Decidimos caminhar pela estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos,
E nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim.
Não, não podemos subestimar o amor e não podemos castrá-lo.

O amor não é orgânico.
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha
E nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu
Como se fossem novas estrelas recém-nascidas.
O amor brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa,
Como um crepúsculo inundado de beleza e despedida,
O amor grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio
Porque somos o alimento preferido do amor,
Se estivermos também a devorá-lo.

O amor, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo,
Me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância de que a vida é feita.
Ou melhor, só se vive no amor.
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.



  • Music: Paulinho Moska - Vênus

a vida do amor depende dessa interferência.



© 2009 - Cintia Santana
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Posted by Cintia Santana - - 0 comentários

'ISTO NÃO É UM LAMENTO, é um grito de ave de rapina. Irisada e intranqüila. O beijo no rosto morto. Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz. Vivam os mortos porque neles vivemos. De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é. Hoje está um dia de nada. Hoje é zero hora. Existe por acaso um número que não é nada? que é menos que zero? que começa no que nunca começou porque sempre era? e era antes de sempre? Ligo-me a esta ausência vital e rejuvenesço-me todo, ao mesmo tempo contido e total. Redondo sem início e sem fim, eu sou o ponto antes do zero e do ponto final. Do zero ao infinito vou caminhando sem parar. Mas ao mesmo tempo tudo é tão fugaz. Eu sempre fui e imediatamente não era mais. O dia corre lá fora à toa e há abismos de silêncio em mim. A sombra de minha alma é o corpo. O corpo é a sombra de minha alma. Este livro é a sombra de mim. Peço vênia para passar. Eu me sinto culpado quando não vos obedeço. Sou feliz na hora errada. Infeliz quando todos dançam. Me disseram que os aleijados se rejubilam assim como me disseram que os cegos se alegram. É que os infelizes se compensam. Nunca a vida foi tão atual como hoje: por um triz é o futuro. Tempo para mim significa a desagregação da matéria. O apodrecimento do que é orgânico como se o tempo tivesse como um verme dentro de um fruto e fosse roubando a este fruto toda a sua polpa. O tempo não existe. O que chamamos de tempo é o movimento de evolução das coisas, mas o tempo em si não existe. Ou existe imutável e nele nos transladamos. O tempo passa depressa demais e a vida é tão curta. Então — para que eu não seja engolido pela voracidade das horas e pelas novidades que fazem o tempo passar depressa — eu cultivo um certo tédio. Degusto assim cada detestável minuto. E cultivo também o vazio silêncio da eternidade da espécie. Quero viver muitos minutos num só minuto. Quero me multiplicar para poder abranger até áreas desérticas que dão a idéia de imobilidade eterna. Na eternidade não existe o tempo. Noite e dia são contrários porque são o tempo e o tempo não se divide. De agora em diante o tempo vai ser sempre atual. Hoje é hoje. Espanto-me ao mesmo tempo desconfiado por tanto me ser dado. E amanhã eu vou ter de novo um hoje. Há algo de dor e pungência em viver o hoje. O paroxismo da mais fina e extrema nota de violino insistente. Mas há o hábito e o hábito anestesia. O aguilhão de abelha do dia florescente de hoje. Graças a Deus, tenho o que comer. O pão nosso de cada dia.'


(Clarice Lispector)



  • Music: Cazuza - O mundo é um moinho

em cada esquina cai um pouco a tua vida, em pouco tempo não serás mais o que és.



© 2009 - Cintia Santana
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